O diagnóstico é clínico e se baseia nos sinais e sintomas. O prurido é o principal sintoma sendo mais acentuado durante a noite. É causado pela atividade do ácaro na escavação de túneis na epiderme e pela reação de hipersensibilidade à escabina secretada pelo parasita. Ao exame físico, identificam-se as lesões cutâneas que podem variar, mas em geral apresentam aspecto de micropápulas eritematosas, a maioria com pequenas crostas e escoriações pelo ato de coçar. Vesículas e lesões lineares se associam à presença de túneis onde a fêmea deposita os ovos. Eventualmente podem ser notados pequenos nódulos (2 a 5mm) que correspondem a uma reação granulomatosa aos ácaros mortos e suas fezes, podendo persistir por semanas, mesmo após um tratamento eficaz. Não é raro ocorrer infecção bacteriana secundária superposta às lesões. Imunodeprimidos ou bebês podem apresentar lesões mais exuberantes, com crostas disseminadas e hiperceratose devido ao grande número de ácaros (sarna norueguesa). Outro aspecto importante é a localização das lesões, que preferencialmente ocorrem nas áreas interdigitais das mãos, áreas flexoras de punhos e extensoras de cotovelos, dobras axilares, região periumbilical, genitália, sulco interglúteos e nádegas. Lactentes podem apresentar localização atípica, com comprometimento de face, pescoço, regiões palmares e plantares.