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VACINA CONTRA FEBRE AMARELA

Vacina Contra Febre Amarela

Apresentação
A vacina febre amarela é apresentada sob a forma liofilizada em frasco multidose, além de uma ampola de diluente.

Composição
É composta de vírus vivos atenuados da febre amarela derivados da linhagem 17 DD cultivados em ovos embrionados de galinha, . Tem como excipientes a sacarose, o glutamato de sódio, o sorbitol, a eritromicina e a canamicina.

 

Indicação

Está indicada para prevenir contra a febre amarela em residentes ou viajantes que se deslocam para as áreas com recomendação de vacinação e países com risco para a doença, a partir dos 9 meses de idade. É altamente imunogênica (confere imunidade em 95% a 99% dos vacinados)

Notas:

  • Para os viajantes com deslocamento para as áreas com recomendação de vacinação, a vacina deve ser administrada com antecedência mínima de 10 dias da data da viagem.

  • Em situação de emergência epidemiológica: a dose inicial deve ser antecipada para 6 meses de idade, sendo esta dose considerada válida para a rotina de vacinação da criança.

Contraindicações

  • Crianças menores de 6 meses de idade;

  • Paciente imunodeprimido grave, independentemente do risco de exposição;

  • A vacina febre amarela não está indicada para gestantes e mulheres que estejam amamentando, devendo a vacinação ser adiada até o bebê completar 6 meses de idade. Na impossibilidade de se adiar a vacinação, deve-se avaliar a relação risco-benefício. Mulheres que estiverem amamentando lactentes com menos de seis meses de vida e receberam a vacina contra febre amarela, o aleitamento materno deve ser suspenso por 10 dias após a vacinação.

  • Esta vacina também não está indicada para indivíduos com doenças autoimunes ou doença neurológica ou com 60 anos ou mais que serão vacinados pela primeira vez. No entanto, em situação de risco de se contrair a doença, deve-se avaliar o benefício da vacinação.

  • Indivíduos com história de reação anafilática relacionada a substâncias presentes na vacina (ovo de galinha e seus derivados, gelatina bovina ou outras).

  • Pacientes que tenham desencadeado doença neurológica de natureza desmielinizante (SGB, Adem e esclerose múltipla) no período de seis semanas após a aplicação de dose anterior (tal recomendação baseia-se em dados de literatura para a vacina influenza).

Esquema, dose e aplicação
 

  • O esquema vacinal com a vacina febre amarela corresponde à administração de uma dose a partir dos 9 meses de idade. O volume da dose a ser administrada é de 0,5 mL por via subcutânea. Administrar 1 (um) reforço aos 4 anos de idade (intervalo mínimo de 30 dias entre as doses).

  • Não administre tal vacina simultaneamente com a vacina tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) e/ou tetra viral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela) e/ou varicela, estabelecendo o intervalo mínimo de 30 dias, salvo em situações especiais que impossibilitem manter o intervalo indicado.

  • Notas:
    Vacinação em indivíduos a partir de 5 anos de idade:

    • Se receberam uma dose da vacina antes de completar 5 anos de idade: administrar uma única dose de reforço, com intervalo mínimo de 30 dias entre as doses.

    • Se receberam uma dose da vacina após completar  5  anos  de  idade: administrar o reforço 10 anos após a administração dessa dose.

    • Se nunca foram vacinadas ou sem comprovante de vacinação administrar a primeira dose da vacina e 1 dose de reforço 10 anos após a administração dessa dose.

    • Se receberam 2 doses da vacina considerar vacinado. Não administrar nenhuma dose.

Eventos Adversos

​Eventos adversos associados à VFA podem ocorrer como reações locais e sistêmicas, estas últimas variando de moderadas a graves, inclusive com óbito.

Manifestações locais

 

A manifestação mais frequentemente referida é a dor no local de aplicação (4% em adultos, e um pouco menos em crianças pequenas), de curta duração (primeiro e segundo dias depois da aplicação), autolimitada e de intensidade leve ou moderada.

Manifestações sistêmicas

  • Manifestações gerais tais como febre, cefaleia e mialgia ocorrrem em aproximadamente 4% dos primovacinados (e em menos de 2% dos indivíduos revacinados) nos três primeiros dias após a vacinação.

  • Elevação limitada e reversível de enzimas hepáticas, sem manifestações clínicas, nas duas primeiras semanas após a vacinação.

Eventos adversos graves

  • Reações de hipersensibilidade, anafilaxia e manifestações alérgicas;

  • Doença neurológica aguda (encefalite, meningite, doenças autoimunes com envolvimento do sistema nervoso central  e periférico)

  • Doença viscerotrópica aguda (infecção multissistêmica generalizada, semelhante às formas graves da doença).

Alguns aspectos epidemiológicos da Febre Amarela

Agente Etiológico
Modo de Transmissão
 

Período de Incubação
Transmissibilidade

 

Imunidade

Vírus da Febre Amarela - Arbovirus
Picada do mosquito transmissor infectado. Nos centros urbanos o mosquito é o Aedes aegypti
Três a seis dias em média
Um a dois dias antes do início dos sintomas e durante os três a cinco primeiros dias de doença o vírus pode ser transmitido ao mosquito.
Pela doença;  Pela vacina
Por anticorpos maternos até os seis meses de idade

BIBLIOGRAFIA DE REFERÊNCIA

  1. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente. Departamento do Programa Nacional de Imunizações. Coordenação-Geral de Incorporação Científica e Imunização. Instrução Normativa do Calendário Nacional de Vacinação 2024. Brasília, 2024.

  2. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente. Departamento do Programa Nacional de Imunizações. Manual de Normas e Procedimentos para Vacinação. 2. ed. rev. Brasília: Ministério da Saúde, 2024. 294 p. il.

  3. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente. Departamento de Imunizações e Doenças Imunopreveníveis. Manual dos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais. 6. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2023. 176 p.: il.

  4. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Imunizações e Doenças Transmissíveis. Manual de vigilância epidemiológica de eventos adversos pós-vacinação. 4. ed. atual. Brasília: Ministério da Saúde, 2021. 340 p. il.

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