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VACINAS CONTRA MENINGOCOCOS

Vacinas Contra Neisseria meningitidis (meningococo)

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Apresentação

Existem três vacinas meningocócias conjugadas disponíveis:

  • Vacina Meningocócica Conjugada C apresentada em embalagens contendo 01 frasco-ampola contendo uma dose da vacina em pó liofilizado + 01 frasco-ampola contendo solução diluente.

  • Vacina Meningocócica Conjugada ACWY/CRM apresentada em embalagens com 01 frasco-ampola contendo oligossacarídeos conjugados do meningococo do sorogrupo A, sob a forma de pó liofilizado e 01 frasco-ampola contendo oligossacarídeos conjugados dos meningococos dos sorogrupos C, W-135 e Y, na forma líquida.

  • Vacina Meningocócica Conjugada B apresentada em  cartucho  com  1  estojo  contendo  1  seringa  preenchida  com  dose  única  de  0,5  mL  e  1  agulha. 

Composição

  • Vacina Meningocócica Conjugada C: Cada dose (0,5 ml da vacina reconstituída) contém: Oligossacarídeo meningocócico C Conjugado com proteína CRM-197 de Corynebacterium diphtheriae adsorvido em Hidróxido de alumínio. Excipientes: Manitol,   Fosfato   de   sódio   monobásico   monoidratado, Fosfato   de   sódio   dibásico heptaidratado, Cloreto de sódio e Água para injeção. Esta vacina não contém conservante.

  • Vacina Meningocócica Conjugada ACWY/CRM: Cada dose de 0,5 mL da vacina reconstituída contém Oligossacarídeos meningocócicos A, C, W-135 e Y, conjugados à  proteína CRM de Corynebacterium diphtheriae. Excipientes: fosfato de potássio di-hidrogenado; sacarose; cloreto de sódio; fosfato de sódio di-hidrogenado mono-hidratado, fosfato dissódico hidrogenado di-hidratado e água para injetáveis.

  • Vacina Meningocócica Conjugada B: Duas vacinas meningocócicas recombinantes contra o sorogrupo B estão licenciadas atualmente no Brasil. A vacina Bexero, de 4 componentes, do laboratório GSK e a vacina Trumenba, do laboratório Pfizer. A vacina Bexero é apresentada em suspensão injetável, disponível em seringa monodose de 0,5 ml e contém as seguintes proteínas da Neisseria meningitidis do grupo B, produzidas por tecnologia de DNA recombinante: Proteína de fusão NHBA recombinante, Proteína NadA recombinante, Proteína de fusão fHbp. Contém também vesículas de membrana externa (OMV) de Neisseria meningitidis grupo B. Excipientes: cloreto de sódio, histidina, sacarose e água para injetáveis. A vacina Trumenba está licenciada somente para adolescentes e adultos de 10 a 25 anos de idade.

Indicações

  • Vacina Meningocócica Conjugada C: Prevenção da doença sistêmica causada pela Neisseria meningitidis do sorogrupo C

  • Vacina Meningocócica Conjugada ACWY/CRM: Imunização ativa de crianças, adolescentes e adultos com risco de exposição a Neisseria meningitidis dos grupos A, C, W-135 e Y, para prevenir doença meningocócica invasiva.

  • Vacina Meningocócica Conjugada B: Imunização ativa contra a doença meningocócica invasiva causada pela bactéria Neisseria meningitidis do grupo B.

Contraindicações:

  • Hipersensibilidade às substâncias ativas ou a qualquer um dos excipientes da fórmula.

Esquema, dose e aplicação

Meningocócica conjugada C

  • Administrar  2  (duas)  doses,  aos  3  (três)  e  5  (cinco)  meses  de  idade.  Administrar 1  (um)  reforço preferencialmente aos 12 meses de idade. O PNI do Ministério da Saúde inclui um reforço com a vacina ACWY entre 11 e 14 anos de idade.


Meningocócica conjugada ACWY/CRM-197

  • Administrar duas doses  aos  3 e 5  meses  de  idade  e mais três reforços: aos 12 meses de idade, entre 5 e 6 anos e entre 11 e 14 anos; 

  • Para adolescentes até 15 anos de idade, que nunca receberam a vacina meningocócica conjugada quadrivalente são recomendadas duas doses com intervalo de cinco anos.

  • Para adolescentes a partir de 16 anos e adultos, dose única.

Notas:

  • Sempre  que  possível,  preferir  a  vacina  Meningocócica ACWY,  inclusive  para  os  reforços  de  crianças  previamente  vacinadas com Meningocócica C.

  • Crianças com vacinação completa com a vacina Meningocócica C  podem  se  beneficiar  com  uma  dose  adicional  de  Meningocócica ACWY,  a  qualquer momento.

 

Meningocócica conjugada B recombinante
 

  • Duas doses com intervalo de dois meses entre elas, mais um reforço. Recomenda-se sua aplicação aos três e cinco meses com um reforço aos 12 meses de idade. Não se conhece, até o momento, a duração da proteção conferida por essa vacina e a eventual necessidade de doses adicionais de reforço.

Eventos Adversos

Meningocócica conjugada C

  • Reações locais

    • Dor, rubor, edema, endurecimento e hiperestesia

  • Manifestações sistêmicas

    • cefaleia, febre, choro, irritabilidade, sonolência ou comprometimento do sono, anorexia, diarreia e vômitos.

    • Distúrbios visuais e sensibilidade à luz são muito raros. Ocorrem geralmente com dor de cabeça e tontura.

    • Convulsões, desmaios, reaçoes alérgicas e anafilaxia

 

Meninogocócica conjugada ACWY/CRM-197

  • Reações locais

    • dor, eritema, enduração e raramente prurido;

  • Manifestações sistêmicas

    • Calafrios, febre ≥ 38º C, erupção cutânea, mialgia, artralgia, alteração apetite, irritabilidade, mal-estar, sonolência, cefaléia, náusea, vômito, diarreia

 

Meningocócica conjugada B recombinante

  • Reações locais

    • dor, inchaço, induração e eritema no local da injeção

  • Manifestações sistêmicas

    • Irritabilidade, febre (≥ 40ºC), cefaleia, náusea, mal-estar, mialgia, artralgia. Distúrbios alimentares, sonolência, choro incomum, convulsões (incluindo convulsões febris), palidez, síndrome de Kawasaki, diarreia, vômito, erupção cutânea, eczema, urticária.

Alguns aspectos epidemiológicos da infecção por Neisseria meningitidis

Agente Etiológico
 


Modo de Transmissão
Período de Incubação
Transmissibilidade
 
Imunidade

Neisseria meningitidis – diplococo gram negativo – sorogrupos mais comuns: A, B, C, Y e W135 (Atualmente no Brasil prevalece o sorogrupo C (70%), grupo B (19%), W-135 (8%), Y (2%) e A (1%).
Direta por meio de secreções e gotículas da nasofaringe
De dois a dez dias
Enquanto houver meningococo viável na via aérea, em geral até 24 horas de antibioticoterapia
Pela vacina
Pela doença natural

BIBLIOGRAFIA DE REFERÊNCIA

  1. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente. Departamento do Programa Nacional de Imunizações. Coordenação-Geral de Incorporação Científica e Imunização. Instrução Normativa do Calendário Nacional de Vacinação 2024. Brasília, 2024.

  2. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente. Departamento do Programa Nacional de Imunizações. Manual de Normas e Procedimentos para Vacinação. 2. ed. rev. Brasília: Ministério da Saúde, 2024. 294 p. il.

  3. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente. Departamento de Imunizações e Doenças Imunopreveníveis. Manual dos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais. 6. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2023. 176 p.: il.

  4. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Imunizações e Doenças Transmissíveis. Manual de vigilância epidemiológica de eventos adversos pós-vacinação. 4. ed. atual. Brasília: Ministério da Saúde, 2021. 340 p. il.

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