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VACINA TRÍPLICE VIRAL (SCR)

Vacina Contra Sarampo, Rubéola e Caxumba

Contraindicação

A vacina está contraindicada nas situações gerais e também nas situações de:

  • Registro de anafilaxia após recebimento de dose anterior;

  • Usuários com imunodeficiência clínica ou laboratorial grave;

  • Gestação.

Notas:

  • A gestante não deve ser vacinada, para evitar a associação entre a vacinação e possíveis complicações da gestação, incluindo aborto espontâneo ou malformação congênita no recém-nascido por outras causas não associadas à vacina.

  • Caso a gestante seja inadvertidamente vacinada, não está indicada a interrupção da gravidez. A gestante deve ser acompanhada durante o pré-natal e, após o parto, acompanha-se a criança conforme as normas técnicas do PNI.

Apresentação

A vacina triviral contém componentes contra sarampo, caxumba e rubéola e é apresentada sob a forma liofilizada, em frasco monodose ou multidose, acompanhada do respectivo diluente. Esses componentes também estão presentes na vacina tetraviral, combinados com a vacina contra varicela, em frascos monodose.


Indicação

A vacina triviral protege contra o sarampo, a caxumba e a rubéola. É indicada para vacinação de usuários a partir de 12 meses de idade.

Composição
É composta por vírus vivos atenuados das cepas Wistar RA 27/3 do vírus da rubéola, Schwarz do sarampo e RIT 4385, derivada de Jeryl Lynn, da caxumba. Tem como excipientes albumina humana, lactose, sorbitol, manitol, sulfato de neomicina e aminoácidos.

Esquema, dose e aplicação

O volume da vacina a ser administrado em cada dose é de 0,5 mL por via subcutânea.

O esquema básico da vacina é de duas doses nas seguintes situações:

  • Para indivíduos de 12 meses a 19 anos de idade: administre duas doses conforme a situação vacinal encontrada. A primeira dose (aos 12 meses de idade) deve ser com a vacina tríplice viral e a segunda dose (aos 15 meses de idade) deve ser com a vacina tetra viral, para as crianças que já tenham recebido a 1ª dose da vacina tríplice viral.

  • Para as crianças acima de 15 meses de idade não vacinadas, administre a vacina tríplice viral observando o intervalo mínimo de 30 dias entre as doses. Considere vacinada a pessoa que comprovar duas doses de vacina com componente de sarampo, caxumba e rubéola.

 

Notas:

  • Em situação de bloqueio vacinal em crianças menores de 12 meses, administre uma dose entre 6 meses e 11 meses de idade e mantenha o esquema vacinal, desconsiderando esta dose.

  • Mulheres em idade fértil devem evitar a gravidez até um mês após a vacinação.

  • Não administre tal vacina simultaneamente com a vacina febre amarela (atenuada), estabelecendo o intervalo mínimo de 30 dias, salvo em situações especiais que impossibilitem manter o intervalo indicado.

Eventos Adversos

​De uma maneira geral a vacina tríplice viral é pouco reatogênica e bem tolerada. Os eventos adversos podem ser devido a reações de hipersensibilidade a qualquer componente das vacinas ou manifestações clínicas semelhantes às causadas pelo vírus selvagem (replicação do vírus vacinal), geralmente com menor intensidade.

Manifestações locais

As reações locais são pouco frequentes. Podem ocorrer ardência de curta duração, eritema, hiperestesia e enduração. Nódulo ou pápula com rubor (reação imune do tipo tardio) podem ocorrer em indivíduos com hipersensibilidade aos componentes da vacina. Os casos de abscesso geralmente encontram-se relacionados com infecção secundária e erros de imunização (técnica).

Manifestações sistêmicas

 

  • Febre: temperatura de 39,5o C ou mais, que surge entre o quinto e odécimo-segundo dia após a vacinação, em geral, durando de 1 a 2 dias, às vezes até 5 dias, podendo ocorrer em 5% a 15% nos primovacinados. Está relacionada a qualquer um dos componentes da vacina. Crianças predispostas podem apresentar convulsão febril.

  • Cefaleia ocasional, irritabilidade, conjuntivite e/ou manifestações catarrais ocorrem entre o quinto e odécimo-segundo dia após a vacinação, em 0,5% a 4% dos primovacinados. A conjuntivite e as manifestações catarrais estão relacionadas aos componentes do sarampo e da rubéola.

  • Exantema de extensão variável ocorre do sétimo ao décimo-quarto dia após vacinação, durando em torno de 2 dias, aparece em 5% dos primovacinados, relacionado ao componente do sarampo e da rubéola. Linfadenopatia pode aparecer do sétimo ao vigésimo-primeiro dia em menos de 1% dos primovacinados. Relacionada ao componente da rubéola.

  • Manifestações do sistema nervoso: Meningite pode ocorrer entre o 11o ao 32o dia após a vacinação, sendo mais frequente entre o décimo-quinto e vigésimo-primeiro dia, tendo geralmente evolução benigna. Está relacionada ao componente da caxumba e sua incidência varia dependendo da cepa utilizada. Encefalite ou encefalopatia pode surgir entre 15 a 30 dias após vacinação, na proporção de 1/1.000.000 a 1/2.500.000 dos primovacinados; estão relacionadas ao componente do sarampo e ao da caxumba, sendo que o risco não é maior que o observado na população não vacinada. Há relatos também de outras manifestações neurológicas do tipo ataxia, mielite transversa, neurite óptica, síndrome de Guillain-Barré e paralisia ocular motora que são somente associações temporais com a vacina tríplice viral.

  • Púrpura trombocitopênica ocorre com uma frequência de 1/30.000 a 1/40.000 vacinados. O intervalo médio entre imunização com a vacina SCR e o aparecimento dos sintomas são de 12 a 25 dias

  • Artralgia e ou artrite são relacionadas ao componente da rubéola, sendo mais frequente após a puberdade e no sexo feminino. Início entre uma a três semanas após a vacinação e com duração variando de 1 a 21 dias.

  • Reações ao componente da caxumba incluem parotidite de curso benigno e de curta duração, 0,7% a 2% dos primovacinados poderá apresentar no décimo ao vigésimo-primeiro dia após a vacinação. Pancreatite, orquite e ooforite podem ocorrer, porém, são bastante raras e sem gravidade.

  • Reações de hipersensibilidade raramente ocorrem com a vacina tríplice viral. São reações menores e geralmente consistem em urticária no local da aplicação, podendo, menos frequentemente, apresentar em outras áreas do corpo. Ocorre, geralmente, nas primeiras 24 a 48 horas após aplicação da vacina.

Alguns aspectos epidemiológicos da Sarampo, Rubéola e Caxumba
Sarampo
Agente Etiológico
Modo de Transmissão
 
Período de Incubação
 
Transmissibilidade
Imunidade
Vírus do sarampo - Paramyxovírus
 
Contato direto, pessoa-a-pessoa por secreções nasofaríngeas
 
Período de incubação
Sete a 18 dias
 
Transmissibilidade:  
Quatro dias antes até quatro dias após o exantema
Imunidade:
Pela doença natural
Pela vacina
Por anticorpos maternos. Após os nove meses, 80% das crianças já perderam esses anticorpos.
Rubéola
Agente Etiológico
Modo de Transmissão
 
Período de Incubação
 
Transmissibilidade
Imunidade
Vírus da Rubéola
 
Contato direto, pessoa-a-pessoa por secreções nasofaríngeas
 
 
Período de incubação
:14 a 21 dias
 
Transmissibilidade:  
Cinco a sete dias antes e durante todo o período de exantema
Imunidade:
Pela doença natural
Pela vacina
Por anticorpos maternos. Após os nove meses, 80% das crianças já perderam esses anticorpos.
Caxumba
Agente Etiológico
Modo de Transmissão
 
Período de Incubação
Transmissibilidade

Imunidade
Vírus da Caxumba - Paramyxovirus
 
Disseminação de gotículas e pelo contato direto, pessoa-a-pessoa por secreções nasofaríngeas
 
Período de incubação:
12 a 25 dias
 
Transmissibilidade:  
Sete dias antes a sete dias após o início do parotidite
 
Imunidade:
Pela infecção natural
Pela doença
Pela vacina
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