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VACINAS CONTRA ROTAVÍRUS

Vacina Contra Rotavírus

Apresentação

A vacina é apresentada na forma líquida, acondicionada em um aplicador, semelhante a uma seringa. Há dois tipos de vacina: sendo uma monovalente, usada pelo PNI, e outra pentavalente, disponível na rede privada. Ambas protegem contra a maioria dos sorotipos circulantes no País.

Composição

- Vacina Rotavírus monovalente (atenuada): Suspensão oral composta por rotavírus humano vivo atenuado, com apenas um sorotipo em sua composição que é o G1[P8] da cepa RIX4414. Contém sacarose, adipato dissódico, meio Eagle modificado Dulbecco e água estéril. É a vacina utilizada pelo Programa Nacional de Imunizações. A vacina é especialmente eficaz na prevenção de doença por rotavírus do sorotipo G1, mas os estudos mostraram que houve proteção cruzada para gastrenterite e gastrenterite grave causadas por outros sorotipos não G1 (G2, G3, G4 e G9).

- Vacina Rotavírus pentavalente (atenuada): Suspensão oral composta por Rotavírus humano-bovino vivos atenuados, sorotipos G1, G2, G3, G4 e  P1A[8], cultivados em células Vero. Contém sacarose, citrato de sódio, di-hidrogenofosfato de sódio mono-hidratado, hidróxido de sódio, polissorbato 80, meio de cultura (contendo sais inorgânicos, aminoácidos e vitaminas) e água purificada.

Indicação

É indicada para a prevenção de gastroenterites causadas por rotavírus dos sorotipos presentes na vacina, em crianças menores de 1 ano de idade. A vacina monovalente oferece proteção cruzada contra outros sorotipos de rotavírus que não sejam G1 (G2, G3, G4, G9).

Contraindicações

  • Sua principal contraindicação é a administração fora da faixa etária preconizada. Mas, mesmo que a criança esteja na faixa etária preconizada, a vacina é contraindicada nos seguintes casos:

    • Imunodeficiência primária ou secundária.

    • Uso de medicamentos imunossupressores, corticosteróides em dose imunossupressora e quimioterápicos.

    • A vacina não deve ser administrada em crianças que sabidamente tenham alguma forma de alergia grave (urticária disseminada, broncoespasmo, laringoespasmo e choque anafilático) à algum dos componentes da vacina, ou à dose prévia desta vacina.

    • Doença do sistema digestório: a vacina não deve ser administrada em crianças com história de alguma doença gastrointestinal crônica, má-formação congênita do trato digestivo ou história prévia de invaginação intestinal.

Precauções

  • Doença febril: a vacina não deve ser administrada em pessoas com quadro agudo febril moderado a grave. Contudo, um quadro febril leve não deve ser uma contraindicação para seu uso.

  • Crianças filhas de mãe soropositiva para HIV podem ser vacinadas desde que não haja sinais clínicos ou laboratoriais de imunodepressão. Não está contraindicada a vacinação de crianças que convivem com portadores de imunodeficiência.

  • Vômitos e diarreia: a criança com quadro de diarreia leve sem desidratação pode ser vacinada.

  • Crianças com quadro de gastroenterite aguda e vômitos devem ter a vacinação adiada.

Esquema, dose e aplicação

O volume a ser administrado é 1,5 mL. exclusivamente por via oral.

A vacina está licenciada para ser administrada nas seguintes faixas etárias:

  • Vacina monovalente: duas doses com intervalo mínimo de quatro semanas entre as doses.

    • 1ª dose: 2 meses (1 mês e 15 dias a 3 meses e 15 dias).

    • 2ª dose: 4 meses (3 meses e 15 dias a 7 meses e 29 dias).

  • Vacina pentavalente: três doses, sendo a primeira na idade de 6 a 12 semanas, com intervalo mínimo de quatro semanas entre as doses e a última dose não deve ser administrada após 7 meses e 29 dias de idade.

Notas:

  • Se a criança regurgitar, cuspir ou vomitar após a vacinação, não repita a dose. Nestes casos, considere a dose válida.

  • Recomenda-se completar o esquema da vacina VORH do mesmo laboratório produtor.

Eventos Adversos

  • Irritabilidade, vômitos e diarreia de intensidade moderada.

  • Invaginação intestinal: Durante as duas primeiras semanas após a dose da vacina, se houver surgimento de episódios de dor abdominal em cólica, choro intenso (que pode ser breve), vários episódios de vômitos, sangue nas fezes, irritabilidade intensa, contatar um médico imediatamente e informar que a criança foi vacinada.

Alguns aspectos epidemiológicos da infecção por Rotavírus

Agente Etiológico
 

Modo de Transmissão
 
Período de Incubação
Transmissibilidade
 

 

Imunidade

Rotavírus (família Reoviridae). Sorotipos mais comuns G1P[8],G2P[8], G3P[8] , G4[8] e G9P[8]
A transmissão é fecal-oral (alta excreção nas fezes), por água ou alimentos, contato pessoa a pessoa, objetos contaminados e secreções respiratórias
Varia entre 24 a 48 horas (Podendo chegar a 96 horas)
Durante o estágio agudo da doença (4 a 6 dias), podendo se estender por mais 4 a 5 dias após a remissão dos sintomas. No imunodeprimido esse período pode chegar a até 30 dias.
Resposta humoral IgM, IgA e IgG dirigida contra proteínas VP4 E VP7 de superfície do vírus

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